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Os Fundamentos da Vida Cristã
Os Fundamentos da Vida Cristã

Os Fundamentos da Vida Cristã – Livro 1

O que é um Discípulo

a) Textos-chaves

    I Pedro2:21; João 8:31-32; II Timóteo 2:2; Lucas 6:40; Colossenses 3:17; I João 2:6 

b) Definição

    A palavra grega para discípulo é “mathetes”, que significa “alguém que recebe instrução de outro”. Era usada no mundo secular grego para um aprendiz de artesão. Um discípulo não era apenas um aluno, mas um adepto, um imitador de seu mestre. O crente é chamado para ser discípulo de Jesus e isto significa que ele O seguirá e colocará Seus ensinamentos e ordens em primeiro lugar em sua vida, custe o que custar. Desta forma um discípulo cristão é uma pessoa determinada a seguir a Jesus Cristo, desejoso de aprender dEle e viver de acordo com seu exemplo. 

c) Cinco princípios básicos

    1. Um discípulo é uma pessoa que vive continuamente segundo a Palavra de Jesus. Não são pessoas que seguem ocasionalmente as palavras do mestre, mas que se comprometem a levar até ao fim Seus ensinamentos de uma maneira disciplinada e comprometida. Jesus é nosso Mestre. Ele nos falará palavras vivas diariamente através do Espírito Santo. O que necessitamos fazer é viver em nossa vida diária os mandamentos, ensinos e exemplo que Ele nos tem dado. O pensamento principal por trás do discipulado não é de inspiração, mas instrução. Devemos colocar em prática aquilo que nos tem sido revelado através da Palavra de Deus. Necessitamos o firme fundamento de obediência a Palavra de Deus como base de nosso discipulado. Caso contrário, estaremos à mercê de qualquer pensamento ou sentimento subjetivo que apareça.

    2. Um discipulado é alguém que compromete toda sua vida ao Mestre. Este compromisso é total a uma pessoa qualquer, mas um Mestre amoroso, que não tem interesse em si mesmo, e que busca nosso bem estar e crescimento total em Deus. Jesus tem direito de nos exigir isso, pois entregou Sua vida por nós. Jesus se comprometeu totalmente conosco e quer ter o mesmo grau de compromisso como resposta. Quer que nós confiemos nEle a cada passo, enquanto Ele nos conduz e nos molda de acordo com Sua vontade (Mateus 6:24; João 10:1-18).

    3. Um discípulo é uma pessoa que vive uma relação frutífera com Jesus (João 15:4-5). Waylon Moore escreve: “Nossa união com Cristo possibilita uma vida através da qual outros podem agüentar, o resultado é fruto! Quando um crente está cheio de Cristo, outros poderão vê-lo e ouvi-lo e assim nascerem espiritualmente no Reino de Deus. Assim sendo, os novos crentes serão frutos de discipulado.” Sem essa classe de produtividade em nossas vidas, o Reino de Deus não se expandirá e o Corpo de Cristo não irá crescer.

    4. Um discípulo é alguém que está comprometido a um amor sacrifical incondicional aos outros (João 13:34-35). Este amos não é o amor meramente humano, mas o maior que Deus tem demonstrado para conosco. É um amor desinteressado, que não busca proveito próprio. A palavra grega para este amor é “ágape” que significa “amor desinteressado”, onde Deus e os outros são mais importantes que nossos próprios interesses.

    5. Um discipulado é alguém que se dedica a cumprir a comissão de Cristo (Mateus 28:18-20). O alvo de nosso discipulado deve ser ganhar outros discípulos, não apenas convertidos. Os convertidos podem até mudar de mente, mas só os discípulos seguem a seu Mestre.

d) Um discípulo é uma pessoa muito privilegiada

    - Ele é chamado e escolhido por Deus (Efésios 1:4-5).

    - Jesus é seu salvador; morreu na cruz para que seus pecados fossem perdoados, fazendo-o aceitável diante de Deus (Romanos 5:8).

    - Deus é seu Pai, com quem tem um relacionamento pessoal, portanto ele é um filho de Deus e do Deu Reino (Gálatas 4:6-7).

    - Ele recebeu a vida eterna (João 3:16).

    - O Espírito Santo habita nele, concedendo poder para testemunhar a sua nova vida em Cristo (Atos 1:8).

    - Ele tem paz com Deus (Romanos 5:1).

    - Nada poderá separá-lo do amor de Deus (Romanos 8:38-39).

e) Um discípulo tem responsabilidade

    “O que Jesus faria?” Aqueles que querem levar seu discipulado a sério farão esta pergunta a si mesmos, e outras similares, em cada situação que se apresenta diante deles. Este é um pacto ou um acordo que cada crente deve fazer entre si mesmo e Jesus (I João 2:6). Quando você está perplexo, peça ao Espírito Santo para mostrar o que Jesus faria em seu lugar. Ele te responderá quando você realmente quer saber o que O agrada. Assim como seu conhecimento dos ensinamentos e ações de Jesus cresce enquanto você lê a Palavra, também crescerá sua habilidade em saber o que Jesus faria em seu lugar.

    1. Tomar uma firme decisão

    Um discípulo precisa tomar uma firme decisão em fazer aquilo que Jesus faria em seu lugar. Caso contrário se conformará com menos do melhor de Deus para sua vida e continuará entristecendo o seu Senhor.

    Nossa decisão em seguir a Jesus não é uma resposta emocional ao Evangelho, mas um ato categórico da vontade. As decisões não realizadas na vida são de pouco valor.

    Haverá momentos em que você necessitará submeter algumas decisões importantes aos que estão em autoridade espiritual sobre si. Não precisa ter medo de fazê-lo se realmente deseja a vontade de Deus para sua vida. Os discípulos não são para atuar em independência, mas são pessoalmente responsáveis por suas atitudes diante do Senhor.

    2. Alguns dos benefícios

    - Haverá mudanças para melhor em suas atitudes para com pessoas, dinheiro, negócios e responsabilidade social.

    - Você experimentará a purificação de sua vida, para que muitos pensamentos negativos, atitudes ou ações que são inconsistentes com a vida de Jesus sejam removidos.

    - Jesus não atuaria em incredulidade. Quando seu desejo é agir como Ele, você receberá fé para fazê-lo. Quando necessário, confesse suas dúvidas e peça perdão e fé.

    - O amor governará suas atitudes, palavras e ações. Você estará mais disposto a perdoar; haverá maior compaixão para com aqueles que estão em necessidade e maior preocupação com os perdidos.

    - Herdamos tudo o que Cristo herda de Deus. Se estivermos prontos para compartilhar de seus sofrimentos, compartilharemos também de sua glória (Romanos 8:17). Ainda que a obediência seja muito cara, você não será um perdedor, pois Deus sempre nos dará muito mais do que damos a Ele; tanto nesta vida como eternamente no céu (Lucas 6:38; João 10:10).

    - Haverá mudanças em seus velhos hábitos, pois o Senhor quer ver essas mudanças em você. Submeta-se voluntariamente a essas mudanças e resista a tentação de voltar aos velhos hábitos para não comprometer seu discipulado (Colossenses 3:17).

    - Em levar seriamente seu discipulado, você estará buscando o Reino de Deus e sua justiça. Pode confiar que Deus cumprirá sua promessa e suprirá cada necessidade, como Ele fez com Jesus (Mateus 6:33).

f) Perguntas e pontos de discussão

    1. Deveríamos viver como queremos ou como Deus quer em cada situação? (II Coríntios 5:15).

    2. Quem é nosso guia nas coisas de Cristo Jesus?

    3. Que tipo de coisas fará aquele que tem fé em Jesus? (João 14:12-14).

    4. Podemos aprender sobre o amor vendo Deus entregar Seu Filho Jesus (I João 4:10-11), e como nós discípulos permanecemos no Seu amor? (João 15:9-14).

    5. Quais os dois maiores mandamentos de Deus? (Mateus 22:37-39).

    6. Como o discípulo pode viver sua vida cotidiana manifestando o amor “ágape” para com Deus e os demais segundo a Sua vontade? (Romanos 5:5).

    7. Quando as coisas se tornam difíceis, podemos relaxar um pouco até que possamos fazer frente a vida outra vez? (Lucas 9:6). Se não, porque muitos crentes o fazem?

g) Sumário e aplicação

    1. Precisamos ser inteiramente comprometidos com Jesus, e tomá-lo nosso Senhor. Isto significa que nunca diremos “não” quando Ele nos pede para fazermos algo.

    2. Cada discípulo de Jesus deve fazer essa pergunta, “que Jesus faria?” Em cada situação que enfrentar.

    3. Precisamos viver continuamente na Palavra de Deus como seus discípulos, para que O conheçamos melhor. Assim aumentará em nós a habilidade de compreender o que Jesus faria se estivesse em nosso lugar.

    4. Necessitamos ver Deus como nosso Mestre amoroso que quer somente nosso bem.

    5. Devemos amar e servir a Deus em primeiro lugar, os outros em segundo e nós mesmos em último lugar.

 O Discipulado:

Importância e Preço 

a) Textos-chaves

    João 15:16; Mateus 10:37-39; 28:18-20; Lucas 9:23; 14:26-35 

b) Por que o discipulado?

    1. Jesus demonstrou a importância do discipulado ao fazer do treinamento dos doze discípulos uma prioridade durante os três anos e meio de seu ministério público na terra.

    2. Jesus comissionou seus seguidores a treinar discípulos porque pretendia “fruto duradouro”.

    3. O discipulado é o melhor método para alcançar o mundo para Deus. O impacto que os doze discípulos de Jesus e Paulo tiveram no mundo nos demonstra o valor do discipulado. Um número pequeno de discípulos comprometidos, que foram bem treinados, alcançou muito para Deus que um número bem grande de convertidos, que necessitavam de profundidade espiritual. O discipulado é a estratégia escolhida por Deus para alcançar o mundo. Se um discípulo levasse uma só pessoa para Cristo e empregasse todo um ano para treiná-lo, e no ano seguinte ambos, discípulo e mestre, fizessem um discípulo novo cada um deles, e no próximo ano estes quatro mais (um cada um), em trinta e dois anos, toda população do mundo seria salva, segundo a matemática.

    4. O resultado final é crentes espiritualmente maduros. A maturidade não vem automaticamente com o passar dos anos e o aumento do conhecimento e experiência, mas vem do resultado de um crescimento gradual baseado na obediência a Cristo Jesus e Sua Palavra. c) Sete sinais da maturidade espiritual

    1. Ser frutífero em nosso serviço a Deus (Mateus 25:14-30).

    2. Humildade e vontade de servir os outros (João 13:12-17).

    3. Um nível de excelência em nossa vida como um todo (II Coríntios 13:11).

    4. Uma relação estreita com Jesus (Gálatas 2:20).

    5. Manifestação do fruto do Espírito em nossa vida (Gálatas 5:22-23).

    6. Um caminhar estável, conseqüente e santo diante de Deus e dos homens (Efésios 4:11-16).

    7. Um conhecimento sólido da Palavra de Deus. Como resultado, discernimento (Hebreus 5:13; 6:2).

    Nota: Isto se pode resumir como “semelhança a Cristo” (I João 2:6).

d) A necessidade de maturidade espiritual

    1. O crescimento até a maturidade de Cristo é o que a Bíblia sugere que se espera de todos os crentes (Efésios 4:11-16).

    2. Sem maturidade não pode haver liderança, e os líderes são necessários para que a igreja cresça, pois são os pastores do rebanho de Deus (I Pedro 5:1-3).

    3. Somente os crentes maduros poderão manter-se firmes com eficácia contra o diabo e os poderes das trevas, e isto é o que Deus quer que façamos (Mateus 12:29).

    4. Somente os crentes maduros têm um impacto duradouro para Deus no mundo de hoje.

    5. É somente o discípulo maduro quem, através de seu exemplo amoroso, é capaz de transmitir o caráter de Jesus ao mundo. 

e) Recordar

    Ganhar convertidos aumenta o número de nascidos de novo. Mas o discipulado faz discípulos que são reprodutores maduros, que em seu turno multiplicarão o número de crentes-discípulos nascidos de novo. 

f) O preço do discípulo verdadeiro

    O discipulado é um assunto muito sério. É algo valioso. Era assim que Jesus via. Não começou oferecendo aos seus discípulos um mar de rosas! Deixou absolutamente claro desde o princípio em que o discipulado implicava. Para ser um discípulo de Jesus necessitamos levar nossa cruz e seguí-lo (Lucas 14:27). Necessitamos dar toda nossa vida e tudo o que temos para Deus, para que o use de acordo com a sua vontade.

g) Muitos têm se conformado com pouco

    Muitos crentes têm se conformado com uma forma de discipulado que não se parece em nada com os ensinamentos e expectativas de Jesus. Suas palavras estão comprometidas com a conveniência ou com o fato de se evitar algum sacrifício pessoal. Como resultado, deixam de ser as testemunhas que Deus quer que sejam, e a igreja se torna débil, ineficaz ou irrelevante. Os filhos de Deus têm que mostrar ao mundo a presença transformadora de Jesus em suas vidas. Mesmo dentro da igreja, muitos crentes encontram o mínimo denominador comum e se acomodam ali, isto é, seguem a pessoa de pior exemplo ou menos efetiva. Deus quer que imitemos os melhores e, em última instância, ao próprio Jesus (I Coríntios 11:1). 

h) Custe o que custar

    Deus chama seus filhos a enfrentar as verdadeiras implicações de um discipulado pessoal, a ser fiéis e obedientes ao Senhor, custe o que custar. Por amor a Jesus, estão dispostos a aplicar seus valores em suas vidas. Um discipulado sem preço não é um discipulado verdadeiro. Os crentes são chamados a negarem a si mesmos e tomarem sua cruz diariamente para seguir a Cristo Jesus. A cruz não é uma imposição, mas algo que é empreendido voluntariamente por amor ao Evangelho. Deus tem o primeiro lugar em suas vidas, antes de si mesmos e dos demais – a vontade de Deus está acima de qualquer coisa. Colocar Deus em primeiro lugar é o melhor para os discípulos. Jesus falou do alto preço do discipulado, e desafiou a todos a fazer as contas primeiro (Lucas 9:57-62; Marcos 10:17-31). Por causa disso, não é surpreendente que Jesus terminasse seu ministério com poucos seguidores profundamente comprometidos, que foram suficientes para mudar o mundo.

i) O verdadeiro discipulado nos custará tudo

    1. Viver como discípulo não é uma opção extra, mas um compromisso normal do crente que Jesus espera de todos os seus seguidores.

    2. Um discípulo verdadeiro compreende e aceita que Jesus merece com justiça ser o Senhor de toda sua vida (João 13:13).

    3. Um discípulo verdadeiro é uma pessoa que tem crido nas palavras de Cristo e tem comprometido sua vida com Ele.

    4. Os discípulos de Jesus não podem ser pouco entusiasmados ou medíocres no que fazem, têm que seguir o exemplo de Jesus, que viveu e morreu pelos princípios do Reino de Deus.

j) Cinco pré-requisitos para o discipulado bíblico

    1. Fidelidade.

    Só uma pessoa fiel ou de confiança está qualificada para o treinamento do discipulado.

    2. Amar a Jesus e colocá-lo em primeiro lugar.

    Isto significa viver uma vida de acordo com sua vontade, em obediência.

    3. Vontade de darmos a nós mesmos, em sacrifício.

    Crescer em maturidade espiritual exigirá sacrifício de tempo, força e às vezes relacionamentos. Deus tem um programa de discipulado pessoal para cada um de nós. Quer que entreguemos nossa vida a esse programa para que sejamos transformados na imagem de seu Filho, Jesus Cristo (Filipenses 2:13; II Coríntios 9:8; Tessalonicenses 5:23-24).

    4. Fome espiritual.

    Isto implica desejo real de crescer espiritualmente e ser usado por Deus.

    5. Ser ensinável.

    Que se demonstra quando estamos dispostos a submetermos à autoridade da Palavra de Deus e á líderes espirituais que têm sido colocados por Deus sobre nós.

k) Perguntas e pontos de discussão

    1. Teve Jesus impacto sobre de seus discípulos? Por que?

    2. Por que buscamos a maturidade espiritual? (Colossenses 1:28).

    3. O que é semelhança de Cristo? (Romanos 8:29).

    4. Que significa tomar a cruz? (Mateus 16:24-25).

    5. Por que a igreja se considera débil, sem efeito, ou irrelevante?

    6. Deveríamos fazer as contas para sermos discípulos de Jesus? (Lucas 14:25-35).

    7. Jesus merece ser Senhor de toda sua vida? (Colossenses 1:15-20).

    8. Que tipo de pessoas Jesus busca para seu serviço? (Lucas 16:10-12; Mateus 25:14-30).

    9. Que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? (Mateus 16:27).

   10. Como salvamos nossa vida? (Mateus 16:24-25; I João 5:12).

   11. Onde está seu coração? (Lucas 12:32-34).

   12. Que você precisaria mudar em sua vida para seguir Jesus como um verdadeiro discípulo?

l) Sumário e aplicação

    1. Jesus fez do discipulado uma prioridade, e nós precisamos fazê-lo!

    2. O discipulado é a estratégia escolhida por Deus para ganhar o mundo.

    3. Crentes espiritualmente maduros devem ser o resultado final do discipulado.

    4. Necessitamos tomar uma decisão firme de seguir a Jesus e não nos conformarmos com pouco. Seguir a Jesus é seguir o mesmo caminho que Ele seguiu, e nos avisou que seria de alto preço. Jesus disse que nos custaria tudo.

    5. Os filhos de Deus devem mostrar Jesus ao mundo e ser transformados à sua imagem.

    6. Como discípulos, deveríamos ser ensináveis, fiéis, espiritualmente famintos, e sacrificar tudo por amor a Jesus.

    7. A natureza humana não gosta de obedecer, tampouco enfrentar coisas difíceis. É fácil acomodar-se com um nível de discipulado nos agrada e imaginá-lo aceitável a Deus.

 O Que é o Pecado

a) Textos-chaves

    Romanos 3:23; 6:23; Isaías 59:2

b) Introdução

    Pecar é fazer algo que desagrada a Deus. Toda pessoa que nasce no mundo é pecadora. Mesmo um bebê formoso e inocente inevitavelmente pecaria, porque não é a primeira ação de pecar o que faz do bebê um pecador, mas o triste fato de que comete pecado por causa de sua natureza pecadora, com a qual nasce (Salmo 51:5). A vida natural é pecadora porque está centrada em si mesma e não em Deus. Os desejos e intenções de uma criança se concentram em si mesma. Está determinada a agradar a si mesma e a ter seus desejos cumpridos. A essência do problema é que, por natureza, queremos agradar a nós mesmos.

    Quando atuamos com a natureza egoísta com a qual nascemos, inevitavelmente pecamos e desagradamos a Deus (Romanos 3:23). O pecado não só desagrada a Deus como também separa as pessoas que Ele criou da glória que pretende para elas. Isso demonstra a natureza destrutiva do pecado. O pecado separa o homem de Deus. Os pecadores estão alienados dEle, não O conhecem, tampouco podem desfrutar da comunhão com Ele. Desde o nascimento, cada um está separado de Deus. Se assim não fosse, todo homem, mulher e criança conheceriam a Deus de forma natural. Mas isso não acontece assim!

c) Algumas conseqüências do pecado

    - Entristece a Deus (Gênesis 6:5-7)

    - Traz culpa (Salmo 51:3-4)

    - Traz separação de Deus (Isaías 59:1-2)

    - Traz juízo e castigo eterno (Mateus 25:46)

    - Escraviza (Romanos 6:17)

    - Causa cegueira espiritual (II Coríntios 4:4)

    - Causa morte espiritual (Efésios 2:1)

    - Traz falta de esperança (Efésios 2:12)

    - Corrompe (Tito 1:15)

    - Condena (Tiago 5:12)

d) As palavras bíblicas para o pecado

    A Bíblia usa mais que uma palavra para descrever esta experiência universal da separação do homem de Deus. As palavras utilizadas podem ser classificadas em quatro seções principais.

    1. Desvio de uma norma ou pauta

    Chatth: não acertar ou equivocar-se (Juízes 20:16; Salmo 51:4).

    Avon: torcer ou perverter, isto é, fazer o que não é certo deliberadamente ainda conhecendo o que é certo (Jô 33:27).

    Shagah: extraviar-se ou errar (Jô 19:4; Levítico 4:13).

    Parabasis: (N.T.): desviar-se bruscamente de uma linha reta, isto é, transpassar um limite (Romanos 4:15; Gálatas 3:19).

    Hamartia: (N.T.): Não acertar (Mateus 1:21; Romanos 6:23).

    Paraptoma: (N.T.): dar um passo falso em lugar de um verdadeiro, ou cair-se de um caminho (Colossenses 2:13; Efésios 2:5).

    2. Descrição de um estado

    É um estado fixo em que os homens estão presos.

    Rasha: freqüentemente traduzido como “mal” ou “ímpio” (Salmo 1:6; 37:28).

    Asham: ofender ou ser culpável (Gênesis 26:10; Levítico 5:15-16), usado para uma oferta pela culpa.

    3. Rebelião deliberada

    Este é um estado em que a pessoa sente que não precisa de Deus, isto é, em orgulho declara independência de Deus.

    Persha: ameaçar a Deus com o punho (Isaías 1:2; I Reis 12:19).

    Anomia: (N.T.): desordem ou rebelião (II Coríntios 6:14; I João 3:4).

    4. Ações ou atitudes intrigantes

    Marah: ser contencioso, revoltoso (Salmo 78:8).

    Marad: rebelar-se (Números 14:9).

    Ra’ah: ser pernicioso ou mal, isto é, um ato específico de maldade (Gênesis 19:7).

    Nota: A idéia mesma do pecado leva consigo a realidade de algo que tem sido perdido, desviado ou roto. Nos aliena ou separa de um Deus amoroso. Causa problemas entre os homens e por fim destrói o homem em si mesmo.

e) Nossa resposta

    Todo mundo é responsável por seu próprio pecado (Romanos 14:12). Todos temos pecado e preferido o egoísmo a amar a Deus diante do trono. Deus quer que nos separemos do pecado para que vivamos (Ezequiel 18:20-23). O homem escolheu pecar contra o desejo de Deus. Deus conhecia as conseqüências daquela decisão, mas deu ao homem o direito de escolher. Hoje ainda temos uma escolha: ou permanecer em nossos pecados, e assim continuar separado de Deus, ou aceitar a Jesus como nosso Salvador e Senhor. Jesus deu sua vida para que pudéssemos ser salvos da culpa, das conseqüências e do poder do pecado. Deus não pode se relacionar com uma pessoa que tenha cometido pecado, ainda que seja uma só vez, porque é santo. Ele providenciou uma maneira para que nosso pecado fosse aniquilado e quitado. Se tomarmos este caminho, então Deus pode vir e se relacionar conosco. É para isso que nós, seres humanos, fomos criados. Essa é a razão pela qual nossos corações se sentem vazios quando não temos relação com o único Deus verdadeiro.

    Deus quer que O conheçamos, que conheçamos Sua vontade por amor a Ele, e que estejamos preparados para realizar Seu propósito para nossas vidas. Quer que sejamos parte de Seu Reino e que nos convertamos em filhos Seus. Segundo, a natureza pecaminosa com a qual nascemos deve morrer e devemos nascer de novo (João 3:5-7), então teremos uma natureza nova e poderemos conhecer a Deus e desfrutar de uma plena comunhão com Ele.

f) Perguntas e pontos de discussão

    1. “Não acertar” é uma boa definição da palavra “pecado”?

    2. Qual a consequência universal do pecado? (Isaías 69:1-2)

    3. Por que Seus deu livre arbítrio ao homem, se sabia que o homem pecaria e assim estaria separado dEle?

    4. O que aconteceu a Adão quando pecou?

    5. Qual foi o resultado do pecado de Adão para o resto da humanidade que são os filhos de Adão?

    6. Por que a culpa é um grande problema para a maioria das pessoas?

    7. Por que a maioria das pessoas não reconhece que estão desagradando a Deus?

g) Sumário e aplicação

    1. Toda pessoa nasce com a natureza pecaminosa.

    2. Como humanos, nossa pré-disposição natural é fazer coisas que desagradam a Deus.

    3. Todos são responsáveis e terão que prestar contas de seus pecados.

    4. Deus, o Pai, mandou Jesus para levar nosso pecado em si mesmo.

    5. Para que a obra de Jesus tenha efeito em nossas vidas, necessitamos pedir a Deus que nos perdoe por tudo que temos feito que O desagrada e aceitar Jesus como nosso senhor e Salvador.

 Arrependimento: Como Tratar o Pecado

a) Textos-chaves

    Atos 2:38-39; Lucas 15:7-10; Ezequiel 18:30-32.

b) Introdução

    Para se converter em cristão, ou filho de Deus, o primeiro passo é arrepender-se. Examinar os originais grego e hebraico nos dá mais compreensão do significada desta palavra. A palavra grega traduzida por “arrependimento” é “metanoia” que significa ter outra opinião, mudar o curso depois de uma maior compreensão (Mateus 4:17; Marcos 1:15). Uma das palavras hebraicas traduzida como “arrependimento” é “Shub”, que significa “voltar atrás”, isto é, mudar de sentido em nossa experiência (Reis 8:47; Ezequiel 14:6). Hoje em dia, a palavra “arrependimento” tem chegado a significar simplesmente sentir muito pelo que temos feito, ou lamentar algo. Mas, como se poder ver, os termos bíblicos têm um significado mais profundo que isto. Arrepender-se é o primeiro passo do discipulado.

c) Qual é o arrependimento verdadeiro?

    É uma mudança de sentido completa em pensamentos e ação.

    1. Mudança de pensamento

    Existe uma nova perspectiva da natureza: o aspecto horrível e conseqüente do pecado. Há um reconhecimento de que somos em nós mesmos aborrece profundamente a um Deus santo.

    2. Mudança de atitude

    Voltamos para Deus de nossa desobediência, egoísmo e rebelião. Nos apartamos do pecado, submetemos nossa vida a Deus e fazemos de Jesus nosso Senhor.

    Arrepender-se é uma grande responsabilidade. Todos temos pecado e, portanto, todos temos a necessidade de aceitar Jesus como nosso Senhor e salvador. Na cruz Jesus pagou o preço do nosso pecado e possibilitou um novo relacionamento com Deus. Mas nós temos que nos arrepender de nossos pecados e vivermos com Jesus como nosso Senhor. Deus não pode fazer nada mais, o resto é assunto nosso.

d) Três elementos importantes no arrependimento

    1. O arrependimento é cognitivo

    Isso significa simplesmente que há algo que precisa ser compreendido. O arrependimento envolve o reconhecimento de nosso pecado e seu horror aos olhos de um Deus santo. Deus quer que vejamos nossa real posição diante dEle. Quer que entreguemos nossa vida em suas mãos e desejemos que o Espírito santo nos mostre estas coisas enquanto lemos a Palavra de Deus.

    2. O arrependimento é emocional

    Se realmente reconhecemos nosso estado diante de Deus teremos uma poderosa reação emocional (Isaías 6:5). Envolverá um sentimento profundo de ofensa e lamentação (Salmo 51:9). Sentiremos o peso de todo mal em nossa vida. Este sentimento só pode ser tirado quando recebemos o perdão de Deus (II coríntios 7:9-10). A tristeza que é segundo Deus parte do modo em que o Espírito Santo nos conduz para recebermos a Palavra de deus em nossa vida.

    3. O arrependimento é por vontade própria

    Isso é, envolve a vontade. O arrependimento é uma mudança de opinião, de coração e de propósito; definitivamente, toda a direção da vida de alguém. É conversão. É uma “mudança de sentido” e o princípio de uma nova vida sob o poder de Deus. A iniciativa deste ato de arrependimento se encontra em deus, em que Ele nos mostra nossa necessidade e nosso estado perante Ele. Mas nós devemos agir sobre essa relação (Romanos 2:4). A escolha é nossa!

e) O poder do perdão

    O arrependimento não anda só, o perdão é seu gênero espiritual. Depois de havermos experimentado nosso pobre estado na presença santa de Deus, necessitamos experimentar a grandeza do amor e misericórdia de Deus. Deus nos deu Seu Filho unigênito para que tivéssemos perdão. Isto Lhe custou muito, o que prova o quanto nos ama (I João 7:9). Só há uma única maneira para desfazermos com nosso pecado, pela boca, isto é, confessá-lo. Deus nos perdoará se tornarmos a Jesus como nosso Senhor e salvador. Quando fazemos isto Deus se esquece que temos pecado. Ele apaga aquele pecado de sua memória. Já não necessitamos sentir culpados ou condenados, pois Deus nos aceitou.

“Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento”. (Romanos 2:4).

f) Perguntas e pontos de discussão

    1. Podemos nos arrepender de verdade se não sabemos como Deus nos vê no tocante a nossa vida e ações?

    2. Por que não é suficiente só sentir pena por nossos pecados?

    3. Será uma vida aborrecida e sem graça ao arrependimento verdadeiro, se aparentemente temos que renunciar tanto?

    4. Em termos práticos, o que envolverá o arrependimento verdadeiro em nossa vida diária?

    5. Quando seguimos o caminho de Deus em vez do nosso, o que governará o nosso coração? (Colossenses 3:15-17).

g) Sumário e aplicação

    1. Aquilo que alimenta nossa mente, será o mais importante para nós.

    2. Necessitamos arrepender e dar as costas aos nossos costumes pecaminosos e egoístas e voltarmos a Deus e seguir Seu caminho. Ele nos ama, nos conhece e só deseja o melhor para nós.

    3. Necessitamos destronar o “eu” em nossa vida e oferecermos a Deus para ser sua propriedade. Deixar que Jesus seja nosso Senhor.

 O Sangue de Jesus

a) textos-chaves

    João 6:53-57; I João 1:7; Hebreus 9:11-28; Levítico 17:18; I Pedro 1:18-20.

b) O que o sangue de Jesus faz por nós?

    1. Pelo sangue de Jesus temos redenção. Somos redimidos da mão e do poder do diabo (Efésios 1:7; Hebreus 9:12).

    2. Pelo sangue de Jesus somos justificados, feito justos, tal como se nunca houvéssemos pecado. Estamos vestidos com Sua justiça (Romanos 5:9). A pessoa que confia em Cristo torna-se, em Cristo, tudo que Deus requer que essa pessoa seja, tudo que não chegaria a ser por si mesma (II Coríntios 5:21).

    3. Pelo sangue de Jesus temos acesso à presença de Deus a qualquer hora para obtermos misericórdia e socorro em tempo de necessidade (Hebreus 10:19-20).

    4. Pelo sangue de Jesus somos santificados, feito santos e separados para Deus (Hebreus 13:12).

    5. Pelo sangue de Jesus nossa consciência é limpa de toda culpa e somos livres no corpo, mente, alma e espírito para servir o Senhor Jesus Cristo (Hebreus 9:14; Timóteo 1:7).

    6. Então temos vitória sobre o diabo e vencemos pelo sangue do Cordeiro e a palavra do nosso testemunho e não amamos nossa vida até a morte (Apocalipse 12:11).

c) Por que o sangue?

    Nos tempos do Velho Testamento, o sumo sacerdote entrava no lugar Santíssimo cada ano e espargia o sangue de um animal sacrificado, ante ao símbolo da presença de Deus, a arca do testemunho. Esta era uma maneira temporal de fazer a especiação de uma nação diante de Deus, por todo seu pecado durante um ano. Levítico 17:11, ajuda a explicar o significado do sangue. “Porque a vida da carne está no sangue, Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação por vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida”. Precisa-se notar dois pontos aqui. Primeiro: o sangue do sacrifício é uma provisão divina (Deus o tem provido): “Eu vo-lo tenho dado”. Segundo: o uso do sangue no sacrifício é um ato de pagar um preço: de fazer expiação ou reconciliar, o que significa simplesmente “dar satisfação por ou pagar a conseqüência de”. O pecado é o problema e o sangue é o preço redentor que nos resgata ou redime da conseqüência do pecado que é a morte. O sangue paga o preço que quita ou anula a ofensa do pecador; portanto, vida é dada ou entregue para pagar pelo pecado.

    Cristo Jesus veio como oferta pelo pecado, derramou Seu próprio sangue e deu Sua própria vida, para que todos que nEle crêem e O confessam como Senhor não necessitem morrer por seu próprio pecado. Fez uma maneira de aniquilar nossos pecados. Pagou o preço por eles e obteve redenção eterna por meio de sua morte na cruz (Colossenses 1:13-14). Necessitou fazer uma só vez porque Deus O pôs por resgate dos homens. Este foi o preço pago para que nós pudéssemos chegar sem pecado perante Seus olhos (Hebreus 9:22). Deus estabeleceu a morte como condenação pelo pecado, e pagou o resgate enviando Seu filho ao mundo para derramar seu sangue e morrer por nós. Se aceitarmos Jesus como Nosso Senhor e salvador então podemos nos valer desta obra e ser resgatados do reino das trevas, e passar a fazer parte do reino de Deus.

d) Como o sangue de Jesus afeta nossa vida diária?

    1. Vitória sobre a rebelião

    No Jardim de Getsêmani Jesus orou: “Não se faça minha vontade, mas a tua” (Lucas 22:42).

    A tensão da morte era tão forte sobre Ele que os vasos sanguíneos de sua face se romperam, se misturaram com seu suor e grandes gotas caíram sobre o solo. O sangue derramado no jardim de uma redenção particular, isto é, redenção de rebelião – exercer nossa vontade contra a vontade de Deus – fazer “nossa própria coisa” e todas suas conseqüências horrorosas. Desde Adão, a raça humana tem insistido em fazer sua própria vontade e desprezar a vontade de Deus. Às vezes a pessoa intenta guardar Sua vontade por seu próprio poder, segundo a lei, mas não tem nenhum poder. Quando Jesus pronunciou a oração do Sumo Sacerdote: “Não se faça a minha vontade, mas a tua”, orou em nosso lugar, tal qual faz um sacerdote, representando a pessoa diante de Deus. Ao orar aquela oração, derramou Seu sangue para redimir nossa vontade, para que também possamos dizer: “Não se faça a minha vontade, mas a tua”.

    2. Jesus derramou Seu sangue através da coroa de espinhos

    O espinho era um símbolo da maldição de Deus sobre o pecado (Gênesis 3:18). Era apropriado para Jesus, quando estava sofrendo na crua por nossa redenção da maldição do pecado, levar em sua fronte o símbolo dessa maldição, isto é, a coroa de espinhos (Mateus 27:29). Isso indicou que Ele estava levando a maldição sobre Si mesmo. O sangue derramado fala da redenção da maldição do pecado.

    3. O sangue de Seus açoites e feridas

    Este sangue foi derramado das costas de Jesus. Isaías 53:5, diz que por estas chagas ou feridas somos sarados. Esta é uma cura total para espírito, alma, mente e corpo; inclusive nossas atitudes e relações. Enfermidade e aflição são resultado do pecado, mas o sangue de Jesus nos redime da maldição desse pecado.

    4. O sangue de Jesus foi derramado na cruz do Calvário

    Os cravos nas mãos e pés de Jesus que O prenderam na cruz, derramaram sangue que era, e é, suficientemente poderoso para nos salvar e redimir eternamente do pecado e da condenação de Deus (Romanos 8:1-2; efésios 2:8-9 e 13).

e) Perguntas e pontos de discussão

    1. Por que Deus escolheu o sangue para pagar a pena do pecado?

    2. Por que Jesus necessitou agüentar tanto, durante um período de vinte e quatro horas, antes de finalmente entregar sua vida?

    3. O que você crê que Jesus experimentou no Jardim do Getsêmani? (Lucas 22:39-46).

    4. Por que o sangue de Jesus nos abriu um caminho para termos acesso a Deus, o Pai?

    5. Por que somos santificados pelo sangue de Jesus? (Hebreus 13:12).

    6. No jardim do Éden o que foi que Deus usou para expiar o primeiro pecado do homem? (Gênesis 3:21).

    7. Por que Jesus instituiu o beber de Seu sangue simbolicamente na Ceia do Senhor? (João 6:53-57; Mateus 26:27-29).

f) Sumário e aplicação

    1. O sangue de Jesus é suficiente para pagar o preço para nos resgatar das conseqüências do pecado e tem preparado um caminho para que voltássemos a ter comunhão com Deus.

    2. O sangue de Jesus nos purifica de todo pecado se caminhamos na luz com Deus e confessamos nosso pecado.

    3. O sangue de Jesus foi derramado uma só vez porque Ele era o sacrifício perfeito e, portanto, aceito por Deus uma vez e para sempre.

    4. O sangue de Jesus é efetivo para nossa vida diária e nos coloca em posição para servir a Deus de uma maneira frutífera, com a consciência limpa, e com a paz de Deus regendo nosso coração.

    5. O sangue de Jesus nos capacita a ter integridade de corpo, alma e espírito.

 Fé Para Salvação

a) Textos-chaves

    João 3:16; Lucas 13:23-25; Romanos 3:21-28; 10:9-13.

b) Introdução

    A segunda condição para entrar no Reino de Deus é a fé salvadora. Para sermos salvos e começar a seguir ao Senhor Jesus Cristo como Seus discípulos, devemos crer. Devemos crer que somos pecadores e que Jesus derramou Seu sangue e morreu por nossos pecados. Devemos arrepender de nossos pecados e pedir a Deus que nos perdoe. Devemos entregar nossas vidas a Jesus e faze-Lo Senhor e Salvador (Marcos 1:15; João 1:12; Atos 20:21).

c) O que é a fé salvadora?

    É a fé que leva a salvação e implica em vários aspectos:

    - Submeter sua vida a Deus (Salmo 37:5).

    - Crer em Jesus (João 3:15).

    - Tornar-se obediente de coração (Romanos 6:17).

    - Crer que a Bíblia é a Palavra de Deus (II Timóteo 3:16-17).

    - Colocar sua confiança em Deus (Hebreus 2:13).

    - Convidar a Jesus em sua vida (Apocalipse 3:20).

d) A ilustração da ponte

e) O que significa nascer de novo

    “E, assim, se alguém, está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”. (II Coríntios 5:17).

    “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vida de nosso Senhor Jesus Cristo”. (I Tessalonicenses 5:23).

    A Bíblia mostra muito claro que somos mais que corpo e alma. O corpo é nossa parte física. Nossa alma é composta de nossa mente, vontade e emoções.

    “Nossa emoção expressa como sentimos, nossa mente nos diz o que pensamos e nossa vontade comunica o que queremos”. (Watchman Nee).

    “Até que o homem nasça de novo, sua alma governará sua vida. Está acostumado a avaliar situações em sua mente, e chegar as suas próprias conclusões. Presta considerável atenção às suas emoções, e permite que o dirijam. Toma suas próprias decisões baseadas na racionalização de sua mente, ou como resultado de seus desejos emocionais ou como combinação dos dois”. (Cohin Urguhart: Em Cristo Jesus).

    Então, antes de nascer de novo, vivemos como um ser de “duas partes” corpo e alma (ser interior). Nosso espírito humano está na realidade morto, isto é, está inativo e incapaz de influenciar nossas ações, decisões e desejos (ver Efésios 2:1-2).

    O “nascer de novo” significa que recebemos vida nessa área profunda de nossa personalidade, que está morta pelo pecado. Quando somos santificados pelo Espírito de Deus passamos a viver com um ser de “três partes”, isto é, podemos saber o que realmente significa estar vivos no corpo, alma e espírito! (Gálatas 5:16-25; João 3:3-8; romanos 8:19).

    Jesus disse que não podemos ver o Reino de Deus até que nasçamos de novo. Ver o Reino de Deus é experimentar a realidade de Deus, conhecer o amor e o perdão de Deus e poder viver no Poder de Deus como ele vive em nós pelo espírito Santo.

f) a fé é um dom de Deus

    “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. (Efésios 2:8-9).

    Não nascemos com a habilidade de por nossa fé em Deus. Esta fé é um dom do Espírito Santo, que Ele opera em nossa vida para que voltemos a Deus. Quando respondemos e ouvimos a Deus, nossa vida se abre para recebermos o grande dom da fé, que nos capacita para por nossa confiança em Deus e receber a Jesus como nosso Senhor e salvador.

g) Certeza de nossa salvação

    Não devemos nos apoiar nunca nos sentimentos, mas nos fatos:

    - No que a Palavra de Deus nos diz (João 5:24; 6:37; 10:28-29; romanos 8:38-39; Tito 1:2; Hebreus 13:5).

    - No testemunho do Espírito Santo em nós (Romanos 8:14-16; I João 3:24).

h) A oração do pecador

    Faça esta oração ou outra parecida se você deseja ser filho de Deus e discípulo de Jesus.

    “Senhor Deus, reconheço que sou pecador. Creio que Jesus morreu por meu pecado. Tomou o meu castigo em meu lugar levando-o sobre Si mesmo na cruz. Arrependo-me e me volto dos meus pecados e peço o perdão de Deus. Entrego minha vida a Jesus e O faço Senhor e Salvador. Obedecerei a Seus mandamentos e viverei para Lhe agradar. Sei que agora sou filho de Deus e meus pecados são perdoados porque foram lavados pelo sangue de Jesus. Louvado seja Deus. Amém”.

    Se você fez esta oração, leia outra vez as escrituras acerca da Salvação, e conte a alguém que você acabou de tornar-se um crente em Cristo Jesus. Você necessita confessar com a boca o que acabou de fazer (Romanos 10:9-10). Necessitamos que outros nos ajudem a crescer como novos discípulos de Jesus. Ninguém deve ser uma ilha para si mesmo. Lembrem-se, a salvação é algo prazeroso. Acaba de mudar seu destino para a eternidade (Atos 16:34; 8:39).

i) Perguntas e pontos de discussão

    1. O que você diria a alguém que perguntasse: “como posso me tornar um crente”? (Use palavras simples para que ele possa entender).

    2. Como asseguraria que agora ele é crente?

    3. O que acontece no momento em que você aceita a Jesus Cristo como Senhor e Salvador?

    4. Por que é importante crer que a Bíblia é a Palavra de Deus no tocante a fé salvadora?

    5. Por que a maioria das pessoas não reconhece que precisam ser salvas? (Coríntios 4:4).

    6. Qual o resultado de seguir o caminho de Deus e seguir o caminho do homem?

    7. A salvação é o fim ou o início do caminho?

j) Sumário e aplicação

    1. Por ser salvo e ser um discípulo de Jesus, você deve confessar sua pecaminosidade, arrepender-se e pedir a Deus que o perdoe por tudo que tenha feito que seja pecaminoso, e assim entregar sua vida a Jesus e pedir que seja seu Senhor e Salvador.

    2. Quando somos salvos recebemos o Espírito Santo como penhor, garantia da nossa salvação, nosso espírito passa a ter vida (Efésios 1:13-14).

    3. quando estamos em Cristo Jesus temos a nossa disposição vida em abundância (João 10:10).

 Quem Nós Somos Em Cristo

a) Recebemos uma nova vida

    Temos vida eterna (João 3:16).

    Deus tem derramado Seu amor em nossos corações pelo Espírito Santo (Romanos 5:5).

    Recebemos o testemunho do Espírito (Romanos 8:16).

    Foi-nos dado a mente de Cristo (II Coríntios 2:16).

    Nossos corpos se tornaram templos do Espírito Santo (I Coríntios 6:19).

    Temos disponíveis os dons do Espírito (I Coríntios 12:4-11).

    Temos o Espírito Santo como selo de Sua propriedade em nossos corações (II Coríntios 1:22).

    Fomos resgatados da maldição da lei (Gálatas 3:13).

    Somos selados pelo Espírito (efésios 1:13-14).

    Recebemos vida juntamente com Cristo (Colossenses 2:13).

    Somos renovados pelo Espírito Santo (Tito 3:5).

    Nascemos de novo da Palavra de Deus (I Pedro 1:23).

    Temos sido perdoados e lavados no sangue de Jesus (I João 1:7-9).

    Nascemos de Deus (I João 2:29).

b) Entramos num novo relacionamento com Deus

    Tornamos filhos de Deus (João 1:12; Romanos 8:16).

    Conhecemos o único Deus verdadeiro (João 17:3).

    Temos paz com Deus (Romanos 5:1).

    Somos reconciliados com Deus (Romanos 5:10).

    Tornamo-nos co-herdeiros com Cristo (Romanos 8:17).

    Somos possessão de Cristo (I Coríntios 3:23).

    Temos sido transformados na Sua imagem de glória em glória (II Coríntios 3:18).

    Somos uma nova criação em Cristo (II Coríntios 5:17).

    Estamos crucificados com Cristo (Gálatas 2:20).

    Somos aceitos no Amado (Efésios 1:6).

    Temos vida juntamente com Cristo (Efésios 2:5).

    Somos membros da família de Deus (Efésios 2:19).

    Podemos nos aproximar de Deus com liberdade e confiança (Efésios 3:12).

    Confiamos que Aquele que começou a boa obra em nós há de completar (Filipenses 4:13).

    Podemos todas as coisas em Jesus Cristo (Filipenses 1:13).

    Fomos qualificados a participar de Sua herança (Colossenses 1:12).

    Pertencemos a Deus (I Pedro 2:9).

    Participamos da natureza divina (II Pedro 1:4).

c) Somos libertos do pecado

    Fomos livres da escravidão (João 8:31-36).

    Fomos livres do pecado (Romanos 6:18).

    Não estamos mais sob condenação (Romanos 8:1).

    Colocamos nossa mente naquilo que o Espírito deseja (Romanos 8:5-6).

    Somos salvos das conseqüências do pecado (Romanos 10:13).

    Fomos feitos justos e santos (I coríntios 1:30).

    Somos lavados, santificados e justificados (I Coríntios 6:11).

    Fomos resgatados (efésios 1:7).

    Não somos mais filhos da ira (Efésios 2:3).

    Temos sido salvos pela graça por meio da fé (Efésios 2:8).

    Somos perdoados (Colossenses 1:14).

    Em Cristo somos aperfeiçoados (Colossenses 2:10).

    Nossa natureza foi mudada (Colossenses 3:9-10).

    Fomos livres da culpa da consciência (Hebreus 10:22).

    Temos sido curados (I Pedro 2:24).

    Morremos para o pecado e vivemos para justiça (I Pedro 2:24).

    Fomos justificados dos pecados passados (II Pedro 1:9).

d) Somos separados do mundo

    Somos mais que vencedores por Cristo Jesus (Romanos 8:37).

    Somos embaixadores de Cristo (II Coríntios 5:20).

    Vivemos pela fé no Filho de Deus (Gálatas 2:20).

    Estamos crucificados para o mundo (Gálatas 6:14).

    Ressuscitamos com Cristo e estamos assentados nas regiões celestes (Efésios 2:6).

    Somos concidadãos dos santos e da família de Deus (Efésios 2:19).

    Fomos libertos do império das trevas e trazidos para o Reino de Deus (Colossenses 1:13).

    Recebemos a esperança da glória (Colossenses 1:27).

    Aguardamos novo céu e nova terra, o lar de justiça (II Pedro 3:12).

e) Perguntas e pontos de discussão

    1. Por que muitos crentes parecem não desfrutar de todo bem de tudo que há para eles em Cristo?

    2. Temos que viver este caminho sozinhos, ou temos ajuda? (João 14:26; 16:13-5).

    3. Quando começamos desfrutar dos bens de Deus?

f) Sumário e aplicação

    1. Nós temos uma gloriosa herança quando estamos em Cristo Jesus.

    2. Devemos deixar para trás qualquer desculpa de ignorância e aprender nossa verdadeira posição em Cristo na Palavra de Deus e então viver na beleza deste conhecimento.

    3. Precisamos morrer para a velha vida e natureza e viver como Jesus quer que vivamos, sendo obedientes a Deus, o Pai, e vivendo no poder do Espírito Santo.

 Perdão

a) Terxtos-chaves

    I João 1:5-9; Efésios 4:32; Lucas 6:37; Hebreus 9:22; Mateus 6:14-15; Marcos 11:25.

b) O que é perdão?

    “Deus é luz, e não há nEle treva nenhuma. Se dissermos que mantemos comunhão com Ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I João 1:5-9).

    Deus é luz e quando andamos na Sua luz andamos em comunhão com Ele e com os outros crentes. Quando damos um passo fora da luz de Deus entramos nas trevas. É perigoso viver nas trevas, pois além de não sabermos onde estamos pisando, quebramos nossa comunhão o Pai Celestial e os demais crentes.

    Vivemos com os irmãos na luz de Jesus. Fora do círculo da luz está as trevas do reino de satanás. O intento do diabo é nos tirar da luz para as trevas. Ele usa muitos artifícios, tais como: cansaço, medo, frieza de coração, vontade rebelde, desilusão, falta de perdão, mágoa e dor, para tentar e nos levar para as trevas.

    O lugar mais tenebroso de todos é estar fora da luz de Deus. Muitos crentes que deixam de permanecer na luz, parecem estar em maior trevas algumas vezes do que descrentes que ainda não conhecem a luz de Cristo.

    A comunhão partida com o Pai, todavia, pode ser restaurada através de Jesus Cristo que é nosso advogado junto a Ele (I João 2:1-2). Nosso advogado pegará nosso caso no momento em que pedirmos perdão. Ele irá a presença do Pai, advogará nosso caso e restaurará nossa comunhão com Deus, o Pai. Só seremos livres de nossos pecados se confessarmos com nossa boca e dermos as costas aos mesmos. Uma vez confessados, Deus promete nos perdoar, esquecendo completamente o que fizemos de errado.

    “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante de sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora e por todos os séculos. Amém” (Judas 24-25).

    Cristo morreu por nossos pecados (I Coríntios 15:3) e os tornou sobre Si, porém temos a necessidade de não apenas acreditar no que Ele fez, como também verbalmente confessá-los.

c) O sangue de Jesus

    Não há perdão sem derramamento de sangue(Hebreus 9:22). Desde que a lei de Deus insiste que a pena do pecado é a morte (Ezequiel 18:4; Romanos 6:23), Jesus, o único homem sem pecado, teve que sofrer para nos salvar de nossos pecados e nos trazer de volta para Deus (I Pedro 3:18). Só pelo sangue de Jesus que somos purificados de nossos pecados. Somos justificados pelo sangue de Jesus. Este é o lado de Deus na obra de redenção. Fomos declarados falidos quanto à justiça, mas Jesus veio e pagou nossas dívidas na cruz. Toda Sua justiça foi creditada em nossa conta. A cruz é a suprema manifestação do amor de Deus (Romanos 5:8).

d)Por que perdão?

    O amor sempre perdoa. Jesus demonstrou isso, mesmo na cruz (Lucas 23:34). Onde estaríamos sem o perdão de Deus? (Hebreus 9:27-28). Devemos cultivar um espírito perdoador em nosso coração, mesmo para com a pessoa que só diz que sente muito. Jesus ensinou que se não perdoarmos nossos irmãos não seremos perdoados pelo Pai no céu (Mateus 6:5-15).

    “Sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Efésios 4:32).

    Esteja sempre pronto a perdoar mesmo quando a outra pessoa tem toda a culpa. Você é responsável diante de Deus para restaurar relacionamentos quebrados, não importa quem está errado ou quantas vezes os outros pecaram contra você (Lucas 6:37).

    Se nós não perdoarmos, Deus não pode nos perdoar. Somente o perdão abrirá o canal para que a fé opere em nossos corações. Perdão é um pré-requisito essencial para que nos aproximemos diante de Deus em oração (Marcos 11:25). Se permitirmos que situações negativas ou amarguras com outros nos devorem, nos tornamos vulneráveis ao acesso de satanás em nossas vidas. Ficamos livres disso perdoando a pessoa envolvida, não importando quão certos estamos ou quão errados eles estão. Isso vai permitir que Deus nos restaure e nos cure. Amargura é uma arma de satanás, então não permita que cresçam suas raízes dentro de você. Amargura é qualquer sentimento, palavra ou ação que flui de mágoa.

e) Perguntas e pontos de discussão

    1. É importante saber que somos perdoados?

    2. Deus esquecerá os pecados que confessamos e pedimos perdão?

    3. O que fazemos quando um irmão peca contra nós? (Lucas 17:3-4).

    4. Por que Deus insiste que perdoemos os outros, ainda que eles estejam totalmente errados?

    5. Quem deve restaurar o homem surpreendido numa falta (pecado) e com que atitude (ou espírito) devemos restaurar o irmão faltoso? (Gálatas 6:1).

f) Sumário e aplicação

    1. Deus tem colocado seu perdão gratuitamente disponível a nós quando confessamos nossos pecados à Ele.

    2. O sangue de Jesus possibilita perdão e pode nos purificar e tornar justos diante de Deus.

    3. Deus perdoou muito, e Ele aguarda que perdoemos os outros da mesma forma (Mateus 18:21-35).