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Dízimo
Dízimo

Dízimo

 

Todo o Novo Testamento, não enaltece a devolução de dízimos. Aqui está uma clara e ampla explanação histórica sobre o dízimo em todas as épocas.

Em Hebreus 7:12 diz: Quando há mudança de sacerdócio é necessário que haja mudança de lei. Assim Jesus Cristo o fez. Portanto, em Hebreus 7:18 ressalta que: A ordenança anterior é revogada, porque era fraca e inútil. Assim pode confirmar a sua inutilidade e extinção.

Já em 2 Coríntios 9:7 revela que: Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.

A pregação do Evangelho Eterno exigirá milhões de dólares das filhas e filhos de Deus, no entanto, a origem dos recursos deve ser transparente.

O dízimo fazia parte das leis cerimoniais e como sabemos, as leis cerimoniais foram extintas na cruz, portanto, as igrejas que insistem em recolher dízimos conforme o Velho Testamento, praticam um ato equivocado.

Basta simplesmente, pregar a verdade aos fiéis. Entretanto, falta-lhes coragem e poder moral. Deus determina pregar somente a verdade. Algumas instituições preferem deliberadamente, lançar mão do marketing bíblico do dízimo e encher os seus cofres com recursos de fieis, que as vezes até se sacrificam para pagar o dízimo. Desnecessário dizer, que Deus, não compactua com coisas desleais, ainda que a sua causa seja nobre.

Quero deixar bem claro, que não sou contra o recolhimento do dízimo, mas que seja feito com clareza e de acordo com as escrituras bíblicas, ou seja: amparado pelo Novo Testamento.

O dízimo nos moldes que nós temos no Antigo Testamento não é mais aplicável nos nossos dias. No Novo Testamento nós temos as ofertas voluntárias para sustentar a obra de Deus.

A Epístola aos Hebreus, principalmente os capítulos 9 e 10, deixa bastante claro que todas as cerimônias do Antigo Testamento foram abolidas com a vinda de Cristo, pois elas apenas tipificavam Aquele que viria, eram sombras da realidade que é Cristo. Além dessa epístola, Paulo fala constantemente sobre a abolição das cerimônias do Antigo Testamento no Novo Testamento, como em Gl.4.8-11, Cl.2.8-23, etc. Assim, a questão é determinar se o dízimo fazia parte da lei cerimonial ou da lei moral. A lei moral é permanente (Mt.5.17-18) e a cerimonial, como eu disse acima, é transitória. Assim, dependendo de onde o dízimo se encaixa, ele é válido ou não para os dias de hoje. Quando analisamos o Antigo Testamento percebemos que o dízimo estava totalmente amarrado ao sistema sacrificial daquele tempo, e havia vários tipos de dízimo (Lv 27.32; Nm 18.21-28; Dt 12.6-17; 14.22-28; 26.12). Estando dessa forma ligado aos sacrifícios e ao sacerdócio veterotestamentário, o dízimo como era praticado no Antigo Testamento é impraticável nos dias de hoje. Assim, ele está incluso dentro da lei cerimonial e, dessa forma, não é mais aplicável no Novo Testamento.

Alguns usam a passagem de Mateus 23.23 para defender que o dízimo é válido atualmente. Mas é importante observar que, apesar do Novo Testamento começar sua narrativa com o nascimento de João Batista e de Jesus, a Nova Aliança só começou, de fato, quando Jesus morreu (Mt 26.28; 27.51; Cl 2.14; Hb 9.11-17). Assim, quando Jesus disse o que está escrito em Mt 23.23, eles ainda estavam no Antigo Testamento. Portanto, essa passagem não pode provar a validade do dízimo para o Novo Testamento.

Outros tentam defender a validade do dízimo com a passagem de Hebreus, capítulo 7. Porém, nessa passagem o autor da carta apenas mostra a superioridade de Cristo em relação ao sacerdócio do Antigo Testamento usando Melquisedeque como um tipo de Cristo, pois Arão (representando o sacerdócio veterotestamentário) pagou dízimos a Melquisedeque na pessoa de Abraão, mostrando sua inferioridade em relação à Melquisedeque. O objetivo da passagem não é falar sobre a validade ou não do dízimo para os dias de hoje, mas mostrar a superioridade do sacerdócio de Cristo.

Dito isso, é importante mencionar que, atualmente, muitos “cristãos” estão prontos para negar a validade do dízimo para os nossos dias, não porque querem dar mais, mas porque querem dar menos, ou até mesmo nada. Para esses eu digo que quem supostamente se converteu ao Senhor, mas não converteu o seu bolso, deve reavaliar sua conversão. O cristão reconhece que não apenas 10% do seu salário pertence ao Senhor, mas todos os seus bens. Assim, o verdadeiro cristão faz planejamentos financeiros para não gastar em coisas supérfluas, a fim de poder contribuir com o máximo possível para o Reino de Deus, voluntariamente. O verdadeiro cristão não busca viver uma vida de luxo, pois seu deus não é o dinheiro, e sim o Senhor, a quem Ele coloca em primeiro lugar.

Tomemos como exemplo a contribuição da igreja primitiva. A viúva no templo deu tudo o que tinha (Lc.21.1-4). Os primeiros cristãos vendiam propriedades e depositavam todo o valor aos pés dos apóstolos (At.4.34-37). Os pobres da Macedônia contribuíram acima de suas posses (II Co.8.1-3). Esse é o padrão que o cristão deve seguir.

Devemos também lembrar que os pastores que Deus designou para pastorearam o rebanho precisam de sustento, sendo responsabilidade da igreja provê-lo (1Co 9.3-14; ). Portanto, as ofertas voluntárias também são usadas para compor o salário do pastor, provendo os recursos materiais necessários para que ele continue anunciando o Evangelho.